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Se Ruben Amorim não tivesse sido treinado por Jorge Jesus, e se não fosse português, e se não fosse adepto do Benfica desde pequeno até se entendia… Agora assim? Colocar Gonçalo Inácio à esquerda para marcar Francisco Conceição, tal como fez Jesus há umas épocas atrás quando colocou David Luiz à esquerda para travar Hulk e acabou goleado por 5-0? A qualidade do técnico português é inegável e disso ninguém dúvida, no entanto, tal como o próprio disse na semana passada, não sabe muito bem o que vai fazer à sua vida num futuro próximo e talvez isso se tenha refletido ontem. Não sabemos se alguns problemas físicos terão estado na origem das alterações, mas os Leões apenas entraram no jogo quando colocaram em campo o seu onze base em campo. Nuno Santos a preencher a esquerda “como deve ser”, Inácio a central “como deve ser”, Morita e Hujllmand no meio “como deve ser” (não esquecendo os óptimos jogos que Bragança tem feito) e, sobretudo, não ter Paulinho no lugar de Gyokeres, e muito menos Paulinho descaído à esquerda com Pote no meio campo – isso não, nunca. Não querendo ser demasiado duro com o avançado português, é óbvio que Paulinho não tem nenhuma característica (nem física, nem técnica, nem táctica) que justifique colocá-lo a jogar noutro lugar que não no centro do ataque – e que dali não se desloque muitas vezes para outras zonas do campo, de preferência. Por outro lado - e acreditamos que este tenha sido o raciocínio de Rúben Amorim – o técnico preferiu “arriscar” um pouco mais neste jogo, porque sabia que podia perder, e nunca seria um escândalo perder no Dragão, para depois, nos jogos mais acessíveis que tem pela frente, apresentar-se na máxima força e não deixar escapar o quase certo título de campeão nacional. O salvador da pátria, Viktor Gyokeres, salvou a honra do leão e já não há palavras para descrever o sueco. Dois golos no espaço de um minuto e mais não podemos acrescentar.

Do lado dos dragões, viu-se uma equipa muito aguerrida e que teve no estreante Martim Fernandes a grande novidade. Cara de menino, mas ninguém diria que este foi apenas o segundo jogo pela equipa principal do Porto. Um exemplo de empenho e qualidade. Tamos quase a certeza que o lado direito da defesa do Porto está assegurado por largos anos, com João Mário e Martim Fernandes, caso nada de anormal aconteça no percurso do jovem de Valongo. 

A merecida homenagem a Pinto da Costa foi feita no minuto 42´- o número de anos que o presidente ainda funções esteve à frente dos destinos do Porto. Uma homenagem mais do que merecida àquele que fez do Porto aquilo que é hoje – um clube de referência a nível mundial. Estava na hora de mudar, a nação portista entendeu isso e deu uma vitória esmagadora a André Villas-Boas nas urnas. Um novo capítulo que aguardamos com muita expectativa e que acreditamos que trará bons resultados, não só para o Porto, mas também para todo o futebol português. 

Gustavo Andrade


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